Minha história era tão bonita
Meu pai caminhoneiro, viajava
Minha mãe, lecionava
Brincando de ciranda,
Eu rodava e rodava
Corria, crescia, às vezes chorava.
Por que choravas?
Porque crescia e não queria.
De repente, eu amava
E cinco filhos, ninava e ninava
Eles também cresceram,
Corriam, brincavam,
Às vezes choravam
E então, os ninava e ninava.
Veio o tédio e a solidão
Parece que vou sofrer,
Sentiu meu coração
E como um pássaro sozinho no mundo,
No mundo que fez meus filhos crescerem,
Vi pessoas levando todo o amor que eu tinha
E me mataram por muitas vezes
Entre paredes frias,
Chorei como criança
Por muitas vezes.
Na penúltima vez que a morte me rondava
Vi uma estrela brilhando só para mim,
Então ressuscitei e a segui
Durante anos a segui
De leste a oeste, de norte ao sul,
A seguir
Quando me aproximei,
Senti meus olhos brilharem
Era a Estrela de Órion
Já era tarde
Para sangrar meus olhos
Mas uma vez me mataram
Foi aí que percebi
Que morri no dia em que nasci.
S. Fco. Sul, 16/02/02
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