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quarta-feira, 14 de março de 2012

FRENESI

ORQUÍDEAS
Deste amor, eu só conheci a dor
Deste amor, ainda restou
Uma brisa leve a ferir-me a alma
Uma lágrima que brotou, mas congelou
A boca ressequida e um peito que sangra.

Deste amor, ainda resta
Um grito que sufocado se levanta
Mas o eco se perde na garganta.

Deste amor em chamas, que em meu peito inflama
Ainda resta frenesi que vem e se transforma
Em fantasias, perjuras mostrando-me
O semblante de tua formosura.

Deste amor, só restou muita dor,
sem alento
Resta um sopro a queimar-me o peito
Confundindo os meus sentimentos
Transformando sem sentido, minha existência.

Deste amor sem forma, sem som e sem cor
Ainda resta uma esperança, esperança essa
De que em meu último gemido
Eu sinta deslizar em minha face,
sem dor
Aquela lágrima que se negou a cair
E como neve congelou.


Santo André, 18/04/95