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quarta-feira, 14 de março de 2012

NO REMANSO DO ARAGUAIA

Original: No Acalanto do Araguaia

No acalanto das águas do grande rio,
Eu berçava
Nos mistérios das curvas que eu passava,
Tu aparecestes
O marulhar do teu coração,
Eu escutava
E tu sorristes, sorrateiramente.
Meus olhos encantados
Te miravam
No soneto dos pássaros
Em revoadas.

Sonhei tudo ao ver-te, tão de repente.
Te envolvi em meus braços emocionada
Beijei teus lábios de carmim
Deslizei no teu corpo alucinada
Te amando sobre as flores de um jardim.

Os teus olhos me fitavam indizíveis
No acalanto das águas do grande rio
Na emoção de sentir-te sem tocar-te
Como quem sente calor e muito frio
Te amei, como a uma  obra de arte.

De repente uma encruzilhada
Que os nossos destinos decidiu
Te vi sumindo na longa estrada
E eu voltando angustiada
Para um mundo triste e vazio.

Santo André, 28/01/95