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quarta-feira, 14 de março de 2012

POEMA ABERTO

Parece que sou muito amada! Não sei.
Parece que sou odiada! Não sei.
Parece que sou culpada! Não sei.
Ferida e machucada! Talvez.
Por amar, sem ser amada! Talvez.
Por acreditar nos que me cercam! Talvez.
Naqueles que não mudam!
Não entendem minha sensibilidade poética! Eu sei.

Minha galhardia lhes dá comodidade
Você minha mãe, amou-me, de verdade.
Preciso descansar minha memória.
Meu peito vive comprimido
Este pobre coração!
Chora acordado, chora dormindo.

Aqui minha mãe, tem catástrofes, tornados,
Terremotos, ondas gigantes, guerras, invejosos e mentirosos,
Tem também pessoas que ameaçam e assassinos impiedosos
Ladrões, estupradores e gangues de mafiosos.

Pessoas nas quais cofiei, aqueles que mais amei,
Mudaram meu jeito de sorrir
Tiraram meus direitos de ir e vir
Trocaram-me por amantes arrogantes.

É tanta futilidade nas cabeças que pensei perfeitas
Como as linhas do meu caderno, tão retas,
Que agora as vejo tortas
Por essas pessoas fúteis
Que vivi e chorei por anos e anos, inúteis.

Mas ainda resta uma esperança
Hoje é dia das crianças
Para você que não está por perto
Fica este poema em aberto.

São Francisco do Sul, 12/10/2005