Mostrando postagens com marcador SAUDADES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SAUDADES. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de março de 2012

SAUDADES

Eu e minhas obras
Ficaram tantas frases interrompidas,
Nas poesias que fizera para ti
A inveja traiçoeira invadiu nossas vidas,
Bastardas reuniões cujas almas são vendidas
Na suma vulgaridade sem principio nem fim.

Como um navio que afunda
Afogando sua bússola sem rumo e oriunda,
Na procura do Norte e do Sul
Jamais verá o céu azul.

Lembras-te ao banhar-te
Nas ondas de branca espuma
O mar se esparramava
O vento beijava as ruas
O sol me ia queimando
As areias formando dunas?

De jeans nas águas entrei,
Com celular e coturno
O cupido nos olhando
Sorrindo da travessura
Com meus braços, abracei teu rosto,
Com as pernas tua cintura.

Hoje olho a igrejinha
De lindas torres azuis,
Misturada com meu céu,
A imensidão do mar,
Querendo lacrimejar.

Os verdejantes coqueiros
De folhas exuberantes
Bailando no meu terreiro,
Com suas pernas gigantes
Arrancou-me um sorriso
Que perdeu-se no horizonte.

Não te sinto mais chegar, nem partir
Perdi meu jeito de chorar, de rir
Quem me traiu, hoje me adora
Consola-me sentir,
Que fui sua ontem,
Talvez amanhã ou quem sabe agora.



S. Fco. Sul, 08/08/05