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quarta-feira, 14 de março de 2012

MINHA CASA

Lar Doce Lar
Aquele beijo não foi à toa
Foi o beijo mais amargo, mais cruel
Como o beijo de Judas
Que tirou Jesus de nós
E o levou para o céu.

No meu carro, sem destino
Procuro minha casa
Um abrigo,
Um abraço amigo.

Uma estrada sem fim
De lágrimas, de dor
Fazendo-me sentir tantas saudades de mim.

Do meu amor
Mergulho na escuridão
Sem saber se devo ir
Se devo ficar, se devo voltar.

Meu carro também não quer ir
Não quer parar, não quer chegar

Relâmpagos mostram-me o caminho
Mas só de relâmpago
Meu corpo tilitando de frio
Lacrimejando e cansado
Como as margens dos rios.

No pára-brisas embaçado
Vejo figuras medonhas, peçonhentas
Zombando de mim, do pecado
Do meu amor mal amado.

Um dilúvio que me atormenta
No meio desta tormenta
E a minha casa na escuridão
Será que ainda tem teto? E chão?

Quando cheguei, vi
Que minha casa não tinha mais fundo,
Nem frente
Minha casa está doente
Era tão linda minha casa
E eu vivia tão contente.


S. Fco. Sul, 21/10/01