E ela estava lá
Ela quem? A Roseli
Não para de labutar.
Corre, agita a piãozada
No meio da lama, atolada
Mas não deixa de espiar
A estrela mais brilhante
O luar, o horizonte
E no tanque mergulhar.
É tanta borra saindo
Que não vence a piãozada
- Vamos! Puxem as mangueiras.
- Tragam o rodo à beira.
- Encostem o chupa-chupa.
- Que vem mais uma enxurrada.
Girando igual cata-vento
Rodeia o tanque por dentro
No meio da madrugada
Toda suja de petróleo
Espia a Estrela de Órion
Por uma boca apertada.
No amanhecer do dia
Roseli ainda sorria
Com a carinha pintada
Aponta o sol se pondo
Lá vai Roseli sonhando
Para mais uma jornada.
S. Fco. Sul, 15/01/02
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