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quarta-feira, 14 de março de 2012

SEPARAÇÃO

De repente um olhar frio e dilatado
Uma lágrima que não cai, congela
Um peito sangrando, dilacerado
De repente aconteceu, de repente.

A pretidão coruscante, aglomerada
Lábios sequiosos
Braços, sem abraços
O martírio da solidão.


Um tormento inevitável
Um sentido sem existência
Por que tão de repente
A dor frenética da ausência?

O vazio torna-se desafio
Maltratando o ser sequioso
Que foge desvairado
Com um desejo irrevelado.

Tenta matar o pensamento
Acabar com o sentimento
É tardio o desespero
O amor interminável
Transformou-se em pesadelo
De repente.

Santo André, 12/09/94
Exposição em Sorocaba