De repente um olhar frio e dilatado
Uma lágrima que não cai, congela
Um peito sangrando, dilacerado
De repente aconteceu, de repente.
A pretidão coruscante, aglomerada
Lábios sequiosos
Braços, sem abraços
O martírio da solidão.
Um tormento inevitável
Um sentido sem existência
Por que tão de repente
A dor frenética da ausência?
O vazio torna-se desafio
Maltratando o ser sequioso
Que foge desvairado
Com um desejo irrevelado.
Tenta matar o pensamento
Acabar com o sentimento
É tardio o desespero
O amor interminável
Transformou-se em pesadelo
De repente.
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