Como ave empalhada
Não pertenço a este mundo
Sou um ser que vem do nada
Sou o cisco do rabisco
Da caneta estragada.
Às vezes fico sem chão
Bate fraco o coração
A alma está presa
O gozo é vazio
Como animal no cio.
Da minha casa
Só resta o porão
Minha casa morreu...
Antes do que eu
Ela não resistiu
Teu sorriso, que partiu.
Na morte do meu curto sono
Sinto-me iluminada,
Com a luz que vem do porão
Passando por traz da escada
E tu juras, me faz juras
Que ainda sou tua amada.
São Francisco do Sul, 06/07/2008
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