Ouvi o tic tac do relógio
Mas ele não ouviu o tum tum tum do meu coração
Nem ouviu os passos dos meus pés descalços
Nem percebeu a escuridão.
Minh’alma havia fugido de casa,
Bateu as asas
Para ficar junto de você
A madrugada é longa,
Chove na Babitonga
Minha caneta pede para escrever.
Olho uma aranha tecendo sua teia
Está perfeita
E se eu fosse uma delas
Faria uma teia em forma de castelo
Para prender você, mas não para devorá-lo
E sim para amá-lo,
Como minh’alma quer.
Vem o canto das aves noturnas
O tic tac do relógio continua
Também o ruído da chuva
A Babitonga dorme tranquilamente
Só não ouço o tum tum do seu coração
Nem o seu ressonar
Só me resta esperar
Esperar a Babirtonga acordar
Esperar a chuva passar
E minh’alma voltar para me dizer
Como foi a noite junto a você.
S. Fco. Sul, 2/02/02
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