A amargura, corrói o sentimento
O corpo não reage ao movimento
No peito uma cratera, sem amor.
Um vazio desordenado
Aglomera-se no coração oscilante
Exaurindo-se, nas trevas do passado
A paixão de dois corpos amantes.
Eu tracei o seu destino
Você, traçou minha dor
Caímos em desatino, maltratando o amor
Nossas vidas se perderam
E o sonho acabou.
A esperança é tardia e inútil
Metade de mim morreu, a outra não quer viver
Quem tanto amor jurou
Não sou mais eu, nem é você.
Somos apenas dois errantes
Que por cinismo e ironia
Deixamos de ser um dia
Os mais felizes amantes.
Santo André, 25/09/94
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